segunda-feira, outubro 24, 2005

underneath

Por entre as gotas de uma manhã gelada,
por dentro das aguas e dos olhares subterrâneos,
escrevo a dor dos dias que nascem.
Abortos espontâneos de seres parias
No inflamar inicial dos raios de sol,
crepusculo sedento da lonjura das secas
Crepita o som das lesmas que se arrastam,
e cai o torso da cabeça separada
Underneath,
o brilho desumano vive,
como liteira de amante velha
Carregada de longe,
pelos lagos negros espelhados de negro
gorda, inundada de carne e ventre.
Coxas seculares de vicios.
Come-lhe da carne, bebe-lhe do seio.
è podre e alimenta.
Alimenta o asco e o odio e embeleza ainda mais o horrendo
Underneath

quinta-feira, outubro 13, 2005

::

By: Mark Squires

segunda-feira, outubro 10, 2005

Areia

Como é bom encontrar aqueles doces meninos que são mar
quando eles procuram encontrar um corpo para espraiar em ondas o seu desejo de areias.
O mar de ser imenso que têm,
navega por ilhas e praias e busca novos caminhos criando em si correntes.
sopra-lhes no ouvido os ventos e novas palavras
e entram narinas dentro cheiros das areias
que ainda não suas são para possuir.
Fartar-se de grãos dourados e virgens e delirar nas escarpas onde se bate,
onde a terra é antiga e dura.
Onde se gela, onde os passaros voam os abismos e onde o sol só frincha a sua luz e salpica a rocha de tenue calor.
è novo o mar
é azul
será sempre...e sempre mergulho profundo.