domingo, outubro 08, 2006

Eau de toilette

From here and beyond
palavras feitas de um ser inquieto.
Fechei o armário com as sete chaves,
e guardei-as,
nas tuas almofadas, patas de gato.
A àgua morna e suja que deixa rasto no fundo da banheira.
Coisa pegajosa e andrógena.
Restos de pele morta, de cabelos arrancados,
pintelhos e sabonete, tudo misturado.
apago a tua saliva, com uma passagem de esponja.
Fica o gosto na boca, as marcas dos dentes,
a mão estalada, aberta, nas coxas ainda vermelhas.
mas de ti nem memória.
Coisa gasta e insipida.
Cona, pequena e mal desflorada.
Coisinha vermica e estridente.
Que guinchas ao toque no cu,
como um porco que se trespassa na matança.
Estás cheia de lamas, pele seca e bacilenta.
Putinha, sem ponta por onde se lhe pegue.....
Escondes-te para que não te descubram.
Uma capa de veludo e pérolas
que apunhalam a vista.
Não sabes o que procuras,
chafurdas...e gostas do cheiro da imundice...e excitas-te
e chafurdas...
Dizes poemas eruditos e vens-te coberta de merda....